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terça-feira, 20 de setembro de 2016

Isso é cultura?



Pablo Picasso
  
          Para responderem a essa pergunta, queremos que vocês considerem o conceito de cultura definido pelos professores universitários Mário Luiz Ferrari Nunes e Marcos Garcia Neira, como sendo “a manifestação de poder e das relações assimétricas que ela produz ”, desse modo, podemos dizer que é um campo de disputa dos significados/da representação simbólica, em que algum grupo ou sujeito detêm o poder de validar o que seria considerado cultura para uma sociedade, ou seja, quais seriam os padrões aceitos. Mas isso não quer dizer que isso não será contestado e é imutável.
              O que dissemos anteriormente pode ser exemplificado pelas imagens a seguir, que pegamos no Google Imagens. Sendo que a imagem à direita é um poema de Décio Pinhatari.



            

            Talvez o videoclipe da música Comida dos Titãs possa ajudar a responder ao título desta postagem. Então, vamos assistir?



 https://www.youtube.com/watch?v=W5TI7iLvHC4

                
                 Gostaram do videoclipe?
            Agora temos outras perguntas: Como a identidade de um indivíduo pode ser construída? Como seus comportamentos podem definir quem você será? A escola pode influenciar?
                 That's all folks. Até a próxima.


 

4 comentários:

  1. Vivo rodeada por alguns questionamentos, que muitas vezes não encontro respostas, aqui estão eles: Quem sou eu? Poderia ser outra pessoa? Por que sou assim? Não queria ser assim? Quero saber quem é o responsável por tudo isso?
    Antes de vir para universidade morava com meus pais, na periferia de uma cidade do interior do estado de São Paulo, onde a maioria das pessoas não sabem o que é Unicamp. Hoje volto para casa nos fins de semanas e por muitas vezes sinto um enorme estranhamento - como isso pode ser possível? Conheço este bairro na palma das minhas mãos, poucas coisas mudaram desde quando eu sai - então o que aconteceu? Não me identifico mais com local no qual eu morei 23 anos da minha vida.
    Sou o produto inacabado, produto que sofre constantes transformações, esculpido por diversos “artistas”, sou fruto inconcluso do contexto no qual estou inserida. Não me identifico mais com o local que vivi no passado, pois não sou mais aquela criança e adolescente sou outra pessoa, ganhei outras “marcas”.

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    1. Paloma, agradecemos seu comentário e ficamos felizes que perceba que somos constantemente transformados pela nossas experiências, então o que somos hoje não é igual ao que fomos ontem, e vai divergir do que seremos amanhã. Além de podermos ter diversas identidades dentro de nós e que dependerá do contexto em que estaremos inseridos.

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  2. 119258
    O grande estranhamento que temos ao analisar essas expressões culturais é de cultura certa e cultura errada. A discussão de que X produto é cultura ou não parece não mais ser necessária, afinal nossas produções diárias são culturais, nossos habitos são culturais, que partem da batalha de significação de nossos saberes. O conceito de certo ou errado me parece nascer desse aspecto. A alguns anos casar mais de uma vez era visto como inadmissível. Hoje em dia a efemeridade nos permite pensar que simplesmente o fato de casar já algo que causa estranheza.

    Sendo assim a discussão se algo é cultura ou não não deve ser encorajada, visto que nossas produções e interações sociais estão sempre inseridas no ambiente cultural.

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    1. Claudemir, agradecemos sua contribuição.
      Não queríamos levantar a discussão de qual cultura é a melhor/mais adequada, mas que ela é aceita a partir de lutas assimétricas pelo poder dos sistemas de significação. Portanto, poderíamos ter colocado um vídeo de funk, a imagem de um grafite ou qualquer outra manifestação cultural.
      Além disso, o que seria cultura dependeria do contexto histórico e social, e que quem domina impõe os valores a serem aceitos pela sociedade, para criar uma identidade, que só há pela existência da diferença.
      Esperamos que tenha entendido isso e que volte a nos visitar.

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