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terça-feira, 25 de outubro de 2016

Dominação Cultural

O formato de sociedade sofreu modificações no decorrer do tempo, e com isso a ideia de escola também sofreu com essas mudanças. Até 1700 anos o pensamento era centrado em Deus, o Rei tinha o poder soberano e a escola tinha o papel de ensinar filosofia e teologia para as altas camadas dessa sociedade, e, ofícios para o que podemos chamar de povo. A partir das revoluções (burguesas), se constrói uma autonomia nos indivíduos trazendo a razão para o homem ao colocá-lo no centro, com isso, a escola se torna para todos, preparando a população para uso dessa razão e que o interesse pela racionalidade seja igual entre todos. Só na modernidade, com o conceito de cultura de massa, o poder se encontra nas relações em que se constrói conteúdos que serão trabalhados na escola por meio de algum interesse, onde observamos, muitas vezes, serem desconsideradas as construções de currículo que atendam às necessidades específicas. Respeitando assim, a cultura em que os alunos estão inseridos, deixando-se colonizar com uma imposição de métodos e técnicas que serão utilizados (se deixando dominar por uma cultura hegemônica).



Cabe aos profissionais da educação não se deixarem levar por essa dominação, e fazer uso de ferramentas que podem dar um norte às suas aulas, para se mapear, ressinificar, ampliar e aprofundar os conhecimentos, e, então, criar formas diferenciadas de se trabalhar os conteúdos em aula.

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Por que o Flash é o Flash e não o Flash Reverso?


Olá pessoas, hoje trataremos do tema: Educação Física na área de Códigos e Linguagens. Começaremos com uma pergunta bem simples, o que faz o Flash ser o Flash e não o Flash Reverso? Você deve ser estar pensando, "Oras, o Flash Reverso é um vilão e o Flash é o herói!", mas a resposta é bem mais simples. O Flash é o Flash simplesmente porque ele NÃO É o Flash Reverso e nem um outro herói além do próprio Flash.


O que faz com que reconheçamos o Flash como ele mesmo são as organizações dos signos (não, não os signos do zodíaco...). Os signos são usados no lugar das coisas para representá-las, ou seja, representam o objeto do qual a linguagem "fala". Eles também estabelecem significados que são estabelecidos socialmente e significantes que são "a coisa da qual se fala" em si. Os signos geram identidades e diferenças, e, essas organizações denominam (através da imposição cultural) o sistema de representações que viabilizam a comunicação. Assim, o significado das coisas são construídos pelo sistema de representação, que é construído através de um código.
O código é o que estabelece uma correlação entre o nosso sistema de conceitual e o nosso sistema de linguagem, dessa forma, quando pensamos no Flash, a imagem do próprio Flash nos virá à cabeça e não a do Flash Reverso.
OK, mas e a Educação Física? O que ela tem a ver com essa história de signos, códigos e afins?
Bom, a Educação Física está inserida na área de Códigos e Linguagens devido ao fato de que nas aulas os alunos reproduzem/produzem os códigos de linguagem que o professor utiliza em suas atividades. Como por exemplo em uma aula de vôlei, que, como tantos outros esportes, tem seus gestos técnicos específicos, no simples ato de se fazer um "ataque" devemos pensar que esse gesto não é simplesmente um gesto qualquer, mas sim um gesto cheio de significados e códigos, que para os praticantes dessa modalidade são essenciais.
Até o próximo tema!!!


sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Ensino Propedêutico x Ensino Profissionalizante

Olá pessoas,

Hoje nós iremos discutir, um pouco, as questões sobre as alterações que o Ensino Médio vem sofrendo ao longo do tempo. Abordando principalmente questões relacionadas ao seu papel na sociedade e questões sobre o currículo. Para isso fizemos uma linha do tempo para exemplificar como esse processo aconteceu, desde o Brasil Império até o ano atual que foi lançada a MP 746 .

Muitas mudanças ocorreram na estrutura do Ensino Médio no decorrer do tempo, ou seja, houve desde mudanças que modificaram toda sua estrutura de forma geral até em pontos específicos, como a extinção da obrigatoriedade da profissionalização no ensino e a alteração da carga horária.
Como podemos notar, a partir da imagem acima, a discussão acerca do ensino médio sempre esteve atrelada ao dualismo ensino propedêutico e ensino profissionalizante. Cada um desses com seus objetivos e currículos a serem seguidos.
O ensino propedêutico visa preparar os alunos para o ingresso no ensino superior a partir da consolidação e aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, de modo que, o estudante possa progredir nos seus estudos. O ensino profissionalizante, por sua vez, busca qualificar os alunos para o mercado de trabalho, ao desenvolver habilidades e proporcionar o conhecimento teórico e prático de uma função/profissão específica.
Da mesma forma que os objetivos divergem entre os tipos de ensino, não seria diferente quanto ao currículo. Diante da necessidade de desenvolver habilidades específicas, de formar um indivíduo com grande conhecimento numa área específica, o currículo do ensino profissionalizante é pensado para consolidar tais objetivos, isto é,  aplicar o ensinamento de princípios gerais e científicos de uma área específica, ao mesmo tempo que também ensina a parte prática. Já o currículo de ensino propedêutico, visa desenvolver alunos que tenham um conhecimento amplo e básico sobre vários assuntos e áreas. A especificidade do que irá aprender, nesse caso, acontecerá por meio da escolha do curso no ensino superior.
Algumas das modificações propostas pela MP 746 são:  flexibilização do currículo do ensino médio, aumentando a carga horária de 800 horas para 1.400 horas/ano e ainda exclui a obrigatoriedade de algumas matérias como Sociologia, Filosofia, Artes e a Educação Física.
E vocês? Queremos saber qual a sua opinião sobre essas mudanças na estrutura do Ensino Médio e principalmente o que vocês pensam sobre as modificações propostas pela MP 746.
Até a próxima!!!