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terça-feira, 25 de outubro de 2016

Dominação Cultural

O formato de sociedade sofreu modificações no decorrer do tempo, e com isso a ideia de escola também sofreu com essas mudanças. Até 1700 anos o pensamento era centrado em Deus, o Rei tinha o poder soberano e a escola tinha o papel de ensinar filosofia e teologia para as altas camadas dessa sociedade, e, ofícios para o que podemos chamar de povo. A partir das revoluções (burguesas), se constrói uma autonomia nos indivíduos trazendo a razão para o homem ao colocá-lo no centro, com isso, a escola se torna para todos, preparando a população para uso dessa razão e que o interesse pela racionalidade seja igual entre todos. Só na modernidade, com o conceito de cultura de massa, o poder se encontra nas relações em que se constrói conteúdos que serão trabalhados na escola por meio de algum interesse, onde observamos, muitas vezes, serem desconsideradas as construções de currículo que atendam às necessidades específicas. Respeitando assim, a cultura em que os alunos estão inseridos, deixando-se colonizar com uma imposição de métodos e técnicas que serão utilizados (se deixando dominar por uma cultura hegemônica).



Cabe aos profissionais da educação não se deixarem levar por essa dominação, e fazer uso de ferramentas que podem dar um norte às suas aulas, para se mapear, ressinificar, ampliar e aprofundar os conhecimentos, e, então, criar formas diferenciadas de se trabalhar os conteúdos em aula.

3 comentários:

  1. 147777- Renan Oliveira
    Interessante a discussão que trazem com o texto. Creio que como professores, devemos proporcionar o máximo de experiências possíveis aos nossos alunos. Assim, fazendo aulas diferenciadas, como trazer experiências cinestésicas, visuais, táteis e até sensitivas (olfato e paladar) para os alunos é um bom meio de "ressignificar, ampliar e aprofundar" os conhecimentos. Além de, é claro, trazer vivências diferenciadas, como uma modalidade diferente da que não está prevista no currículo dos alunos. Creio que assim, estaremos fazendo nosso papel de trazer um conteúdo diferenciado aos alunos e não algo "quadrado" e pré estabelecido.

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  2. Quando olhamos para esse contexto uma coisa me chama mais a atenção. De fato essa dominação cultural não se da apenas por um sistema educacional, mas pela mídia e em todos os lugares somos influenciados. Nós devemos estar cientes de que nossas convicções não sejam influenciadoras na formação dos nossos alunos.
    140766-Lucas Santos

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  3. Entendo o ponto central da postagem e concordo com isso. A cultura pode servir como meio de dominação, como fala no vídeo. Mas creio que o breve resumo feito no primeiro parágrafo sobre a história da escola talvez esteja equivocado. Apenas teologia e filosofia até o século XVII?!? Muitas das mais antigas faculdades Europeias e mesmo algumas dos Estados Unidos não eram assim, imagino que as escolas também não. A parcela da população que por elas era atendida era seleta, mas havia mais do que essas duas áreas mencionadas.

    E mesmo após a Revolução Francesa as escolas não eram para toda a população. Muitos países ainda não consideravam o alfabetismo como algo necessário para a maioria das pessoas. Pode-se ver uma diferença muito grande, tanto na Europa quanto nos países da América, nos níveis da educação dos países tradicionalmente Católicos e Protestantes. Desde a Reforma Protestante, dois séculos antes disso, alguns países passaram a dar valor a educação e colocaram muitos em escolas, pois criam que todos deveriam aprender a ler e escrever (principalmente para que todos pudessem ler a Bíblia). Enquanto que nos países Católicos a educação para a população em geral não era valorizada - ler (qualquer coisa, e mesmo a Bíblia) não era, na visão Católica, necessário para todos. E vemos os frutos disso até hoje, com a valorização que se tem da educação em países tradicionalmente Protestantes, como Suíça, Alemanha, Inglaterra, Estados Unidos, contrastando muito com a visão de educação dos países Católicos, como Portugal, Espanha, Itália e grande parte da América Latina, países nos quais até hoje parece que o problema ainda é muito maior, se comparado com os do primeiro grupo.

    Logo, acredito que a fala de que apenas com a Revolução Francesa que a escola então passou a ser a todos seja equivocada.

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